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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A importância da prática reflexiva para a atuação docente



A primeira atitude para um ensino reflexivo é a mentalidade aberta, para tanto o docente deverá saber ouvir; saber falar; aceitar o erro e examiná-lo e refletir sobre a melhor maneira para a concretização desses ideais. (Garcia, 1992)

Eu acho que... Brincadeirinha (risos)! Não é assim que vou começar este texto! Apesar de ser uma introdução significativa, pois, na maioria das vezes que vemos alguém citar este início de frase, significa que fez uma breve reflexão. Porém basear-se em achismos numa área tão complexa que é a atuação docente seria, no mínimo, irresponsável. Há a necessidade de um embasamento teórico para esta prática e, certamente, estudos acadêmicos, atualizações e treinamentos fazem parte desta formação.
Porém as situações problemáticas que surgem no dia a dia não podem ser resolvidas apenas com a teoria que, apesar de ter seu merecido valor, não é suficiente quando se trata da prática. Shön (1997) faz esta crítica aos atuais currículos, e valoriza o conhecimento que vem da prática aliada à reflexão. Segundo este autor a reflexão ocorre antes e depois da ação. Podemos, então, fazer um paralelo com o que diz Paulo Freire em sua obra Pedagogia do Oprimido acerca deste assunto quando ele, o autor, parte de uma experiência concreta para desenvolver uma metodologia dialética: ação->reflexão->ação. Deixe-me “abrir parênteses” já que o citamos: já tivemos conhecimento de estabelecimentos de ensino que, com a intenção de fazerem merchandising, colocaram cartazes “Aqui trabalhamos com o método Paulo Freire” como se Freire tivesse produzido uma receita pronta para educar quando, na verdade o que ele nos deixou foi a consciência da importância da reflexão para a educação, pois sem ela voltamos aos moldes antigos da escola tradicional onde se formavam repetidores de conceitos e não pessoas autônomas com capacidade de deliberar.
Os estudos de Maurice Tardif (2000) mostram, em outras palavras, que, ou os professores são vistos como técnicos que aplicam em sala tudo o que aprenderam com seus professores que, por sua vez, aprenderam com os seus e desta forma em diante, sempre passando para seus alunos o que lhe foi ensinado sem questionamentos ou, de outro lado, são vistos como agentes sociais e, portanto, têm a função de disseminar a cultura da classe dominante bem como sua ideologia. As duas formas tiram a autonomia deste profissional mostrando-o como uma peça de encaixe de um quebra-cabeças chamado alienação.
A prática da docência não se resume em aplicar os conhecimentos adquiridos, como diz Tardif, ela passa a ser também um ambiente de aprendizagem. Muitas são as necessidades de cada aluno, de suas respectivas famílias, da comunidade onde ele vive e nesses ambientes aprendemos que, mesmo com todo o planejamento, nem sempre os objetivos programados levam a um fim proveitoso, neste caso tomaremos como referência o que diz Zeichner (1993) para fazermos uma autoavaliação: não se pergunte quanto ao alcance dos objetivos, e, sim, se questione: “Gostei do resultado? ”

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