Cabe aos pais o direito de optar pelo ensino domiciliar?
Na reportagem da série Educação.doc apresentada pelo Fantástico, o educador Tião Rocha disse: “Toda criança
adora aprender. Adora! O que ela não quer é estudar porque estudar ficou chato!
A escola transformou o aprendizado numa chatice!” Esta reportagem mostrou que, ao
longo das décadas, as instituições de ensino vêm “expulsando” seus alunos
através de conteúdos inúteis, avaliações sem critério, regras que fogem da
razão e imposições nocivas a todo tipo de cultura que não seja a previamente
padronizada pela mídia. Estas instituições seriam o melhor lugar para uma
educação de qualidade, se nelas o Educador tivesse espaço e liberdade para
expor um conteúdo significativo de forma mais atrativa, usando sua criatividade
e tendo como regra a observação e, principalmente, o respeito à origem, às
habilidades cognitivas e emocionais dos seus alunos como é o caso do CE Mochón,
citado na reportagem.
A falta de identificação com o
ambiente escolar é o que tem levado muitas famílias a adotarem a prática do homeschooling, e não são apenas os
aspectos pedagógicos: as questões morais e religiosas também têm um grande peso
na hora de tomar a decisão sobre a melhor forma de conduzir a educação de seus
filhos. Sem contar que, em casa, o estímulo com afeto e a necessidade de
autonomia é muito maior, quesito este indispensável para o mercado de trabalho.
Segundo o Deputado Federal Lincoln Portela que é responsável pela apresentação deste projeto na câmara,
este sistema de ensino traz uma naturalidade para a educação, gerando o
autodidatismo que é muito importante para o desenvolvimento intelectual. A opção
da educação domiciliar tem de ser um direito regulamentado pela nossa
legislação. O temido abandono intelectual, colocado pela lei como empecilho, na
verdade, tem acontecido nas escolas e não nos lares. Agora, se uma família não
se acha capaz de conduzir o ensino, que matricule seus filhos numa escola de
sua confiança. Aliás, penso que com o aumento das homeschoolings, as escolas tradicionais terão que mudar suas
estratégias de ensino para não perderem sua clientela, trazendo assim
benefícios para todos.